A embalagem premium assim se classifica por ter um acabamento mais nobre como verniz localizado, reserva de tinta especial (branca, laranja ou vermelha), alto relevo, recorte integrado, vinco, picote, enfim, recursos que vão entregar um protótipo diferenciado. Mas como podemos atingir o alto nível de excelência nesse tipo de produto?
A atenção redobrada no procedimento e seguir fielmente os passos sem descuidar da regressão do material quando necessária são medidas essenciais inclusive para evitar desperdícios e danos ao trabalho.
Outro macete se refere à regulagem correta da altura da cabeça de impressão. A dica é que fique próxima do substrato para aumentar a aderência e a fidelidade da cor. Isso porque quanto mais distante estiver mais imperfeita fica a impressão. O ideal é utilizar cabeça média no caso de couchê 280g e super baixa em matérias-primas finas, como o BOPP, filme de plástico adotado em produtos alimentícios ou bebidas.
O equipamento indicado para esse tipo de embalagem é a impressora de recorte integrado VersaUV LEC2 Séries, disponível nos tamanhos de 76cm e 160cm. Seu grande diferencial quando comparada às existentes no mercado é o verniz de reserva, tintas especiais e a fidelidade das tonalidades. Já o processo digital em si - quando colocado lado a lado do offset (voltado para produção em larga escala) – caracteriza-se por ser mais barato e ágil uma vez que dispensa a utilização de matriz.
Depois de realizada toda a impressão, ao chegar no vinco é fundamental que o operador aumente a concentração e coloque a ferramenta específica para a dobra, selecionando a força da lâmina adequada e retornando à origem para não perder o marco zero. Terminado o procedimento, deve trocar a ferramenta e reajustar a força da lâmina para realizar o corte.
No recorte, sempre feito por último, precisa também ter a preocupação de evitar a força excessiva. Do contrário pode agredir a embalagem, quebrar uma ponta de uma ferramenta ou comprometer a base de teflon da máquina, diminuindo sua vida útil.
Pré-impressor e operador - Como a pré-impressão é a ponte entre a agência e a gráfica, esse profissional precisa conhecer a gestão de cor e todas as fases do processo, além de saber de antemão o equipamento em que será feito o trabalho. Por sua vez, o operador, para esse tipo de equipamento e embalagem, precisa estar 100% focado no processo por inteiro, de ponta a ponta. Seu erro mais comum é desprezar a sequência correta de tarefas e do arquivo que, em linhas gerais segue a seguinte ordem:
1) Pré-impressão fecha o arquivo;
2) Impressor (operador) recebe o arquivo e no VersaWorks monta a sequência;
3) Coloca a mídia na máquina;
4) Para a base, usa o primer (caso queira maior aderência);
5) Retorna à origem;
6) Imprime o branco (para tirar o translúcido/refletância) com CMYK. Caso a mídia seja branca, não há essa necessidade dessa cor;
7) Retorna à origem;
8) Faz as camadas de verniz (fosco ou brilho, quando quer alto relevo);
9) Retorna à origem;
10) Faz a dobra selecionando a ferramenta específica para vinco e a grama/força adequada;
11) Troca a ferramenta;
12) Retorna à origem;
13) Finaliza com o corte.
Enfim, se a intenção é maior aderência eu utilizo primeiro o primer. Em embalagem prateada, translúcida, uso o branco chapado para tirar a refletância, caso a mídia seja branca eu não tenho a necessidade de fazer essa cor, só CMYK. Para alto relevo imprimo várias camadas de verniz depois do branco, aplico as cores normais, faço o vinco e por último o recorte. Lembrando que não posso colocar o vinco no mesmo arquivo do corte, do contrário ele vai conhecer tudo como recorte.
O processo da pré-impressão até o término leva no máximo duas horas. Portanto, o zelo pelo trabalho e o foco no passo a passo não é perda de tempo, são minutos de dedicação exclusiva que certamente vão valer à pena. Depois me conta como ficou o resultado!