Na Roland DG a representatividade do sexo feminino está em 50% também nos postos de liderança
O Dia Internacional da Mulher, celebrado em 8 de Março, é uma data para provocar reflexões e discutir o papel do sexo feminino na sociedade visando extirpar o preconceito e a desvalorização que ainda teimam em existir, como situações de salários baixos, jornada excessiva de trabalho e desvantagens na carreira profissional.
O cenário que não era dos mais favoráveis, teve piora com a pandemia de COVID-19, no Brasil. O percentual de mulheres que estavam trabalhando ficou em 45,8% no terceiro trimestre de 2020, segundo os dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O nível mais baixo desde 1990, quando a taxa marcou 44,2%.
A Roland DG, líder mundial na fabricação de impressoras jato de tinta de grandes formatos e equipamentos de corte, vem na contramão desse panorama e procura contribuir para mudar os números negativos. Na fábrica da matriz, no Japão, por exemplo, a mão de obra é 100% feminina. No Brasil a empresa vem evoluindo em representatividade. Em 2019, 38% do quadro de funcionários era composto por mulheres, marca que subiu para 50% em 2022. A metade dos postos de liderança também é ocupada por mulheres.
A mudança começou a ocorrer principalmente dede que Anderson Clayton assumiu a presidência da Roland DG Brasil. O executivo aponta a importância de as empresas ficarem vigilantes no combate às desigualdades, mudando estatísticas e comportamentos. “Precisa haver envolvimento contínuo de todos e todas com o intuito de oferecer oportunidades igualitárias nas carreiras e priorizar questões que envolvam o respeito aos direitos das colaboradoras”, conclui o executivo que também reconhece que há ainda um longo caminho a ser percorrido em um mercado predominantemente masculino.
Tatiane Tais da Silva Dutra, responsável pelo RH da empresa antecipa algumas ações de curto prazo para o aumento da conscientização com os stakeholders. “Estamos programando para 2022 uma série de palestras internas e discussões periódicas em grupo visando dar voz ao sexo feminino e combater os preconceitos, muitas vezes arraigado”, ressalta.
Rafaela Tonin Claudio, designer gráfica, diretora de arte e também operadora de equipamentos na Fireseg Comercial, considera de suma importância romper barreiras e aumentar a representatividade feminina no mercado de comunicação visual, principalmente na operação de maquinários. “Existe um certo receio com o trabalho operacional, por parte de empregadores e às vezes das profissionais, mas não há nenhum motivo para isso. As máquinas Roland são altamente tecnológicas e não exigem esforço físico. Como quase tudo na vida, não é uma questão de força, mas sim de habilidade e talento, qualidades que nós mulheres temos de sobra”, finaliza.